As artérias carótidas são as principais responsáveis pela nutrição do cérebro. Nesse trabalho, elas são auxiliadas pelas artérias vertebrais, sendo que, no interior do crânio, todos esses vasos se unem para formar a rede de nutrição do encéfalo. A Doença Carotídea se caracteriza pelo estreitamento (quadro clínico conhecido na literatura médica como estenose) desses dois canais de circulação sanguínea, provocando elevados riscos de ataques isquêmicos transitórios e de Acidente Vascular Cerebral. Entenda mais sobre o assunto acompanhando o material a seguir!

O que é a Doença Carotídea?

A DOENÇA CAROTÍDEA é o quadro de estreitamento das artérias carótidas, que tem como causa mais comum a aterosclerose, que consiste no depósito de gordura e cálcio (ateroma) nesses locais, provocando o endurecimento do vaso. A anatomia e o processo circulatório fazem com que as carótidas sejam comumente um lugar de deposição dos ateromas.

O quadro não provoca sintomas, pois a redução de fluxo sanguíneo é compensada pelas artérias vertebrais e pela carótida não obstruída. Porém, os fragmentos de gordura e cálcio podem ser levados pela circulação ao cérebro provocando ataques isquêmicos transitórios e AVC.

Como é o quadro clínico da Doença Carotídea?

O ataque isquêmico transitório é um alerta importante para o risco de um AVC, apesar de ocorrer na minoria dos pacientes. Nele, fragmentos da superfície não regular da gordura viajam com o fluxo de sangue e obstruem uma pequena artéria, com impactos que duram de alguns minutos a 24 horas. Pode haver sintomas como:

  • Desmaio;
  • Perda de sensibilidade e paralisia de alguma região;
  • Perda temporária da fala;
  • Perda de consciência;
  • Perda da visão em um olho (amaurose fugaz).

O Acidente Vascular Cerebral ocorre de forma similar ao ataque isquêmico transitório, com a obstrução abrupta de uma carótida ou a embolização de um vaso por meio da ação de partículas pequenas. O comprometimento pode ser leve a severo, com duração variável.

Os sintomas do AVC são:

  • Dor de cabeça;
  • Perda da força em um dos lados do corpo;
  • Perda de equilíbrio e tontura repentinos;
  • Perda visual;
  • Dificuldade em falar.

Ao sinal desses sinais a procura de ajuda médica deve ser imediata.

Como é o tratamento da Doença Carotídea?

O tratamento da Doença Carotídea envolve o controle de fatores de risco (tabagismo, obesidade, colesterol alto, diabetes), medicações, prática de atividade física e cirurgias.

O tratamento cirúrgico é aplicado em pacientes com 50 a 99% de obstrução nas artérias carótidas com sintomas de obstrução. Em caso de comprometimento de 70% com a ausência de sintomas, o especialista avalia mais profundamente a necessidade ou não de operação.

A cirurgia pode ser realizada pela via aberta (endarterectomia) ou endovascular. Na cirurgia endovascular, utiliza-se um cateter guiado por tecnologia de imagem. Ele é introduzido pela artéria femoral e guiado até a carótida, para a colocação de um stent. Um filtro é utilizado para evitar que fragmentos de gordura se desprendam e cheguem ao cérebro durante a operação.

É essencial contar com um especialista competente para o tratamento da Doença Carotídea. O Dr. Alexandre  Dietrich é médico cirurgião vascular e pode realizar o diagnóstico e tratamento da doença com muita qualidade e eficácia. Entre em contato e agende a sua consulta!