A Doença Arterial Periférica é um processo de diminuição do fluxo de sangue em artérias das pernas, abdômen e braços. Quando as artérias afetadas são as que realizam a nutrição da cabeça e cérebro, a doença é classificada como cerebrovascular. Já em relação à redução do afluxo de sangue abdominal, nomeia-se a patologia como oclusão do ramo aórtico abdominal. Entenda mais sobre a doença acompanhando o material a seguir!

Quais são os tipos de Doença Arterial Periférica?

A DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA pode ser classificada de duas maneiras, de acordo com os fatores que originam a manifestação do quadro. Saiba mais!

Doença Arterial Periférica Oclusiva

A doença arterial periférica oclusiva se caracteriza por uma ocorrência a nível físico que causa o estreitamento da artéria, como, por exemplo, o acúmulo de depósitos de gordura, cálcio e ateromas nas paredes do vaso sanguíneo que acontece na aterosclerose.

Outros exemplos de doença que provoca o estreitamento de artérias é a displasia fibromuscular, que não possui causa conhecida, inflamação ou desenvolvimento de um cisto ou um tumor. A baixa circulação local devido ao estreitamento da artéria pode provocar falta de oxigênio na região, quadro conhecido como isquemia. Os sintomas do estreitamento progressivo são diferentes de quando ocorre um bloqueio súbito das artérias. Veja abaixo:

 

  • Estreitamento progressivo: uma parte considerável da artéria precisa apresentar depósitos para que os sintomas comecem a se manifestar. Normalmente, o corpo desenvolve mecanismos, como a dilatação de outros vasos sanguíneos, para compensar o afluxo incipiente. O mais comum é ocorrer cãimbra, dor e cansaço nos músculos locais , principalmente na atividade e que melhoram o repouso. Esse quadro é conhecido como claudicação intermitente. À medida que a patologia se agrava, ocorre mais dor e a pele pode ficar ressecada e brilhante, unhas podem não crescer normalmente e há o risco de surgimento de feridas de difícil cicatrização.
  • Bloqueio total repentino: é uma emergência médica, com sintomas como resfriamento, dor intensa, palidez, coloração azulada e dormência. Se não houver tratamento imediato, a região pode sofrer a perda da sensibilidade, paralisia e necrose, com risco de haver necessidade de amputação.

Doença Arterial Periférica Funcional

A doença arterial periférica funcional ocorre quando há disfunção nos processos de dilatação e estreitamento naturais das artérias em resposta aos estímulos do ambiente. Os mecanismos operam com excesso, provocando contração em maior intensidade e frequência. As causas podem ser problemas hereditários nos vasos sanguíneos, lesões, medicações e distúrbios nervosos.

Assim, em decorrência desse quadro, podem ocorrer os seguintes distúrbios:

  • Acrocianose: ocorre tom azulado na pele dos dedos das mãos ou pés, com sensação de frieza. Às vezes , pode haver excesso de transpiração e inchaço.
  • Eritromelalgia: arteríolas se dilatam com frequência e excesso, provocando dor, queimação, coloração avermelhada e sensação de calor. Os sintomas podem se agravar e se tornar incapacitantes.
  • Síndrome de Raynaud: contração excessiva das arteríolas dos dedos das mãos ou pés, em reação à exposição ao frio. Pode ocorrer tonalidade azul na pele, formigamento, dormência e sensação de alfinetadas. Se os episódios forem recorrentes e longos, podem ocorrer feridas.

Como é o tratamento da Doença Arterial Periférica?

A doença arterial periférica funcional tem um tratamento diferente da modalidade oclusiva. Acompanhe:

Doença Arterial Periférica Oclusiva

O tratamento da doença arterial periférica inclui o controle dos fatores de risco, prática de atividade física e medicações. Em casos mais graves, ela pode envolver medidas como a angioplastia, uma cirurgia endovascular de inserção de um balão na artéria para a eliminação de obstruções e a implantação de um stent no local. Podem ser realizadas outras modalidades cirúrgicas para desobstruir as artérias, com o uso de enxertos ou a remoção de coágulos.

A prevenção da doença arterial periférica envolve, principalmente, os mesmos cuidados de prevenção da aterosclerose, que é a causa majoritária da doença. Assim, cuidados como praticar atividade física com regularidade, manter um peso saudável, não fumar, controlar quadros como diabetes, hipertensão e colesterol alto e medicações podem ajudar.

Doença Arterial Periférica Funcional

A Doença Arterial Periférica Funcional pode utilizar as seguintes medidas:

  • Acrocianose: não é necessário tratamento, mas pode ser recomendado evitar o frio para que não se manifestem os sintomas.
  • Eritromelalgia: medidas de alívio de sintomas, como as compressas frias, elevação do membro afetado e evitar o calor são recomendadas. Pode-se fazer o uso de medicações. Se houver uma doença subjacente, podem ser aplicadas outros cuidados
  • Síndrome de Raynaud: o tratamento envolve evitar a exposição ao frio, caso haja hábito de fumar, ele deve ser cortado, pois a nicotina provoca a contração de vasos sanguíneos e podem ser utilizadas medicações.

É muito importante buscar assistência de um angiologista para o tratamento da Doença Arterial Periférica. O Dr. Alexandre Dietrich é angiologista e realiza o diagnóstico e tratamento dessa doença e de outras patologias. Entre em contato e agende a sua consulta!